domingo, 29 de maio de 2011

# 2

A troca de olhares era intensa. Á nossa frente o fogo dançava, as cantorias acústicas entoavam no ar. Finalmente percorri o espaço que me distanciava dela. Ao chegar olhei-lhe nos olhos e silenciosamente pedi autorização para me sentar. Acedeu da mesma forma. Desci o meu corpo e sentei-me, coloquei a manta que lhe tapava as pernas por cima das minhas e encostei-me. Pousei a minha mão direita na sua perna. Suavemente acariciei-lhe a pele nua que a saia permitia. Lentamente fui-me aventurando e a minha mão sentiu o calor proveniente do interior das suas coxas. Toquei ao de leve e senti-a suster a respiração. Olhámo-nos nos olhos e ela não me impediu de continuar. Então, durante alguns minutos, com a ponta do dedo acariciei o tecido húmido diante a minha mão. A mão dela veio para o meu colo e começou a acariciar-me o sexo erecto, alguns minutos depois abriu-me a braguilha e por cima dos boxers continuou a estimulação. Não aguentei mais e puxei o tecido para o lado, retirando-o do meu caminho. Ela abriu ligeiramente as pernas e o caminho estava agora aberto para carícias mais profundas. E foi o que fiz. Enquanto lhe beijava o pescoço afastei-lhe suavemente os lábios e introduzi o meu dedo no seu âmago. Desta vez não só susteve a respiração como lutou para não gemer. Afinal não estávamos sós. Sussurrei-lhe ao ouvido "vens?". Nem me respondeu, colocou a manta ao lado e levantou-se. Hesitantemente pus-me em pé mas a elevação nas minhas calças era evidente, então apressei-me a recompor-me. Ajeitei a camisola por cima das calças e consegui um disfarce provisório. Olhei-a nos olhos e fiz-lhe sinal para a floresta a nossa direita. Sorrateiramente deslocámo-nos e entrámos nas sombras da floresta.
Encostei-a a uma árvore e o ambiente aqueceu rapidamente. A minha mão entrou na sua camisola, levantando-a, pondo os seus seios a descoberto. Desci os meus lábios até eles e lambi-lhe os mamilos, agora hirtos. A sua cabeça pendeu e os gemidos tornaram-se audíveis. Abri-lhe as pernas com as minhas e forcei o meu corpo contra o dela. Desci as minhas mãos até a sua cintura, levantei a saia e baixei-lhe as cuecas. Abri a braguilha e penetrei-a. Agora que me recebera comecei a movimentar-me dentro dela.
Começou a gemer alto quando os movimentos ficaram acelerados. Levantei-lhe a camisola e puxei o soutien para cima, para ter acesso aos seus seios. Apertei um com a mão esquerda enquanto a direita se mantinha na sua anca, puxando-a para mim.
Sai de dentro dela e com um movimento brusco virei-a de costas, coloquei-lhe a mão nas costas, obrigando-a a inclinar-se para a frente e voltei a penetrá-la, desta vez por trás.
Apertei-lhe as nádegas quando a penetrei profundamente, a sua cabeça pendeu, as costas arquearam e os gemidos fizeram-se ouvir. Agarrei-lhe nos cabelos e movimentei-me rápida e profundamente. Com a mão aberta bati-lhe na nádega, ela voltou a gemer, gostava de sexo á bruta! Foi o que fiz! Apertei-lhe os seios, agora pendidos e ondulantes com a força e velocidade dos movimentos.
Rapidamente atingiu o orgasmo, todo o seu corpo se arrepiou, as pernas perderam a força, senti os espasmos musculares na vagina a apertarem-me o pénis, gemi e mordi-lhe o braço. Continuei com os movimentos, ainda não me satisfizera. 
- Sai!- Disse ela com dores - Estás a magoar-me!
Ela tinha-se virado e não assentia em que eu continuasse a penetração, então decidi outra abordagem.
Coloquei-lhe a mão no cimo da cabeça e fi-la descer até ficar com a cara na direcção do meu sexo duro. 
- Ainda não acabei - disse colocando-lho na boca, recomeçando os movimentos.
A língua quente e húmida em contacto com a cabeça desprotegida do meu pénis faziam a combinação orgásmica necessária. Minutos depois o orgasmo invadia o meu corpo, os espasmos eram seguidos e fortes, vim-me na sua boca. Com os olhos fixos nos meus engoliu o que expeli.
Da maneira como tudo começou acabou, voltámos para o meio do grupo e sentamo-nos novamente de baixo da manta, em frente á fogueira.

# 1




Chegaste tarde a casa e sem uma palavra deixas o casaco na cadeira e vais tomar um banho.
Não me mexo na cama, fingindo que não dei conta que existes. Foi a isso que já te habituaste. Voltas a casa, mas é como se não nos conhecessemos. 
O teu telemóvel toca e eu ignoro. Desligam. Oiço-te a sair da banheira e o telemóvel torna a tocar. Cansada de ouvi-lo levanto-me, tiro-o do bolso do casaco e sem ver quem telefona vou até à casa-de-banho e estendo-to. 
Pela primeira vez em semanas olhas-me nos olhos e demorámos tanto tempo a reagir que o telemóvel se desligou novamente. Isso acordou-nos e pegaste no telemóvel. Pensei que fosses telefonar para a pessoa e por isso virei-me para sair em direcção do quarto. No entanto chamaste-me:
- Espera. Preciso falar contigo.
Semanas volvidas voltei a ouvir a tua voz. Parei e esperei que falasses ainda de costas para ti. Subitamente senti o teu toque nas minhas costas. Estavas nu, a toalha tinha ficado no chão, junta com o telemóvel, desligado.
- Que queres? - Perguntei calmamente.
- O que nos aconteceu?
- Não soubemos lidar com os problemas, só isso. - Ainda estava de costas e evitava olhar-te nos olhos.
- Tem-me custado esta situação toda.
- A sério? - Virei-me e os nossos corpos ficaram colados.
- Sim. - Tiras-me uma madeixa de cabelo da cara - Tenho saudades do que tínhamos.
Sorri-lhe e baixei a cabeça.
- Agora já é tarde demais. Já passaram semanas e nem uma palavra trocámos.
- As palavras serão mesmo necessárias? - Levantas-me a cara com um dedo e as nossas caras aproximam-se até que os lábios entram em contacto. Uma corrente eléctrica, como nos tempos passados, cruza o nosso corpo. Sinto-te estremecer e introduzes a língua na minha boca. Correspondo e puxo o teu corpo para mais junto de mim. Quero-te. Nunca deixei de querer. Sentes isso e pegas-me ao colo. Retomas à banheira de onde tinhas saído. Despes-me a camisola do pijama enquanto beijas o meu tronco e as minhas mãos não abandonam o teu cabelo, onde sempre gostei de mexer. Assim que a camisola saiu as tuas mãos alcançaram os meus seios e acariciaram-os docemente, fazendo lembrar a primeira vez em que o fizeras. Entre as minhas pernas, o teu órgão endureceu e eu gemi. Reagindo a isso os teus lábios desceram o meu tronco e alcançaram o limiar da minha cintura. Lentamente baixaste-me os calções e assim que eles alcançaram o chão o meu sexo ficou acessível à tua vista. Sorriste olhando para mim e depois tornaste-me a beijar lentamente enquanto me fazias levantar e entrar para a banheira. 
Assim que os dois entrámos ligaste a água e deixaste-a aquecer enquanto exploravas o meu corpo com as tuas mãos fazendo-me gemer. Puseste o chuveiro em cima das nossas cabeças  e eu sem nada te dizer agachei-me na banheira e tomei o teu sexo na minha boca, fazendo-te estremer e gemer. Acaricei-o repetidas vezes com a boca até que me afastaste delicadamente deitando-me de costas na porcelana branca. Dirigiste a tua boca desta vez ao meu sexo, utilizando a língua para me excitar. Gemi livremente e assim que te apercebeste que já estava húmida colocaste dois dedos dentro de mim penetrando-me rapidamente.
Estava perto de atingir o orgasmo quando os retiraste. Utilizando a tua força viraste-me agora de barriga para baixo, ficando de joelhos no fundo da banheira. Agarraste nos meus seios por trás e penetraste-me com o teu sexo. 
Gemi alto e tu gemeste a seguir. A água batia nas minhas costas, servindo como factor relaxante. Aumentaste a intensidade dos movimentos levando-me rapidamente a alcançar o orgasmo. Assim que sentiste os espamos no teu órgão atingiste também tu o orgasmo, deixando-te ficar dentro de mim, pousando apenas o teu peito e cabeça nas minhas costas. 
Pouco tempo depois saíste de dentro de mim e virei-me de barriga para cima para puder olhar para ti. Sorrias para mim e acariciaste a minha barriga. A água ainda corria sobre nós, batendo agora na tua cabeça. Retiraste o chuveiro, tapaste o ralo da banheira e connosco lá dentro encheste-a. Passaste para trás de mim, sentando-te e depois puxando-me para que me encostasse a ti. Passados largos minutos, já com a água fria, levantamo-nos e sem nos secarmos, voltaste a pegar em mim ao colo e levaste-me para a cama. Pousaste-me e colocaste-te entre as minhas pernas, fazendo o teu sexo endurecer imediatamente. Prevendo o desejo que eu sentia voltaste a penetrar-me, tal como acontecera na banheira. Enquanto entravas e saías repetidas vezes acariciavas os meus seios, fazendo-me gemer alto. Paraste mantendo-te dentro de mim e sussurraste-me ao ouvido:
- Amo-te!
Apertei-te contra mim e beijei-te o pescoço até chegar ao teu ouvido:
- Também eu.
Retomaste os movimentos, aumentando a velocidade. Abriste mais as minhas pernas, colocando as mãos nos meus joelhos e puxando-os mais em direcção ao meu peito. A minha respiração tornava-se cada vez mais acelerada e isso tinha efeito em ti. Gemias cada vez mais alto. Desta vez foste o primeiro a atingir o orgasmo abraçando de seguida o meu corpo. Sorri para ti e depois saíste dentro de mim. Não demoraste a descer sobre o meu corpo e a alcançares uma vez mais com a tua língua o meu clítóris. Agarrei a almofada que estava debaixo da minha cabeça e deixei-me livre para o prazer. Quando atingi o orgasmo sorriste para mim e subiste para me beijar o pescoço. Virei-me de lado e deitaste-te atrás de mim, colando o teu corpo ao meu. Adormeci assim, embalada pela tua respiração, como há muito não acontecia.
Chegaste tarde a casa e começámos por não trocar uma palavra, mas no final recuperámo-nos.